Olá,
A minha formação de base é em fisioterapia. Fui fisioterapeuta “no terreno” – não muito tempo, é verdade – mas tive a oportunidade de passar por realidades profissionais diferentes.
Apercebi-me que o trabalho clínico como fisioterapeuta não me entusiasmava o suficiente e isso esteve na base de uma mudança de carreira.
Comecei por frequentar uma Pós-Graduação em Gestão de Unidades de Saúde. Seguiu-se o despedimento de um emprego com contrato de trabalho a full-time como fisioterapeuta para me dedicar a um MBA (master in business administration). Curiosamente, no dia em que envio esta newsletter tenho um jantar de comemoração dos 15 anos do MBA, sendo que julgo ter sido o primeiro fisioterapeuta português a frequentar um MBA em full-time – muitos outros o fizeram, de lá para cá.
Depois do MBA fui recrutado para uma empresa de telecomunicações, a Optimus. Entrei como gestor de projetos, com responsabilidades na criação de novos modelos comerciais. Fiquei nessa empresa, que na altura fazia parte do Grupo Sonae, durante quase dois anos e meio. Geri equipas e estive em diferentes projetos, sobretudo na área comercial, com passagens por projetos a nível do telemarketing e do door-to-door, entre outros.
Aos 25 anos achei que era altura de sair daquele conforto e fazer aquilo que realmente me ia na alma: ser empresário. Foi com esse ímpeto que criei a Belpac, uma empresa curiosamente centrada em serviços de fisioterapia, terapia e terapia da fala. O primeiro serviço Belpac foi a Fisio Domus, a nossa marca de serviços domiciliários. Seguiram-se outros serviços, como a SPA Domus e a Belpac Corporate Health, focada em serviços para empresas, nomeadamente serviços de análise ergonómica e de ginástica laboral.
Ainda assim, aquilo que permitiu à Belpac tornar-se uma empresa de dimensão mais razoável foram os serviços B2B (business-to-business), serviços que fornecemos a outras empresas, sendo as Residências Montepio a mais conhecida de todas.
Pelo meio lancei outras empresas: a Sinemys, uma empresa na área tecnológica mas que acabou por ser um flop, e a Bwizer, empresa que certamente conhecerá e que lidera o mercado de formação avançada para fisioterapeutas em Portugal.
Tenho tido ainda a fortuna de, desde 2006, lecionar Gestão e Empreendedorismo a estudantes de licenciatura (e, mais tarde, mestrado) em Fisioterapia. Já conduzi inúmeras palestras sobre estes temas e até já dei um curso no México.
Entretanto, o livro “Como ser um fisioterapeuta empreendedor” já teve mais de 3.000 downloads e, na sequência deste livro, entrevistei inúmeros fisioterapeutas empreendedores e, no conjunto, estas entrevistas já tiveram mais de 10.000 visualizações.
Tive a oportunidade de ter ajudado vários empresários e pessoas que queriam lançar os seus negócios, tanto em relações informais como de consultoria paga.
É importante notar também que sou um apaixonado pelo tema do empreendedorismo, mesmo fora da fisioterapia, como o meu projeto Empreendedores.pt o demonstra.
Tudo isto permitiu-me desenvolver uma visão abrangente da Fisioterapia, sem dogmas e sem corporativismos bacocos. Tenho uma visão marcadamente empresarial, uma visão de alguém que, tendo desenvolvido uma carreira longe da dimensão clínica da fisioterapia durante grande parte do tempo, tem uma visão que pode ser útil desde logo a quem quer ter um trabalho marcadamente clínico.
Esse meu perfil “diferente”, em cima do facto de ser fisioterapeuta – que sou – tem-me levado a ser desafiado muitas vezes no sentido de ajudar outros fisioterapeutas. Foi isso que, aliás, me levou a escrever o livro “Como ser um fisioterapeuta empreendedor” e a disponibilizá-lo de forma gratuita. Foi também isso que esteve na base do último convite que tive o prazer de aceitar, de ir a uma universidade do Sul do Brasil, dar uma palestra sobre empreendedorismo e inovação em Fisioterapia, no próximo mês de setembro.
As solicitações para ajudar mais pessoas têm sido muitas mas, até agora, fui recusando uma a seguir à outra. Aliás, no fim de 2018, vários fisioterapeutas bem conhecidos pediram-me ajuda para fazer crescer os seus negócios. Não consegui fazê-lo; não tinha tempo.
Agora, porém, decidi mudar as coisas e ajudar o maior número de pessoas que conseguir!
Para o fazer adequadamente, porém, preciso da sua ajuda. Preciso que me ajude a entender melhor aquilo que são as necessidades dos fisioterapeutas e dos estudantes de fisioterapia. Nesse sentido, peço-lhe o enorme favor de responder a este questionário. E peço ainda que o divulgue junto dos seus colegas e amigos.
O meu compromisso é construir coisas que o possam ajudar e, pelo meio, ajudar toda a indústria da fisioterapia.
PS1. Ajude-me a ajudá-lo. Não tenha medo. Clique aqui e responda às questões que desenvolvi.
🔴 Este texto é uma das partilhas de Hugo Belchior – mais info em fisioterapeutaempreendedor.pt
CV: Hugo Belchior é fisioterapeuta, no entanto cedo percebeu que área que verdadeiramente o fascinava e motivava era a Gestão. Atualmente, lidera dois projetos empresariais próprios e outros projetos ligados ao empreendedorismo e gestão.